domingo, 8 de abril de 2012

       Enquanto tentava perceber certas atitudes e teorias feitas pelas pessoas a minha volta, deparei-me com um dilema que turvava o meu raciocínio.Para julgar,criticar,avaliar ou simplesmente apreciar as acções e ideias de alguém precisamos de ter definidos próprios standards de moral e princípios.Consequente desta afirmação cheguei ao verdadeiro dilema que me inquietava..Se nos formos basear na moral da sociedade, somos o que?Robôs prontos a assimilar o "Bom" e o "Mau" que nos ensinam desde pequenos a diferenciar? Ou se calhar as regras a que nos submetem e incutem no nosso ser como animal racional  que somos..Serão precisos tantos requisitos para sermos considerados bons cidadãos?Preciso de ser perfeita em quantos pontos da minha personalidade,crenças e natureza física para satisfazer os olhares rigorosos da nossa sociedade?Não seriamos todos muito mais felizes sem tanta pressão de atingir certos patamares que nem sequer fomos nós que implementamos ,nem sequer são do nosso agrado e não nos definem como "EU" verdadeiro?Quanto stress e neuras não poupávamos a nós mesmos se nos deixassem ser o que queremos ser ... Just saying..after all we don't need to think too much to understand why this world is so messed up .. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Tenho sentido um vázio,a percorrer todo o meu corpo
Cabeça cheia,pulmão estragado,vi-a sempre tudo em direito mas andava torto
A culpa pesava,o interior degradava,e quando dava por mim já estava sem nada
Permaneci no escuro,as luzes faziam-me confusão
Não entendi que eram as luzes incandescentes que desmascaravam-me com razão.
Apelei ao cansaço,a injustiça e falta de oportunidades
Mas eu é q não investia e me entregará a futilidades.
Perdi-me na vida,nua e crua , e esqueci o importante
Fiz novas prioridade mas não estava a ir em frente
Mas a recuar no tempo e no espaço e não olhava em diante.
Não havia sol que iluminasse a minha janela e já nem era crente
No meu potencial ,na minha essência ,eu já não estava presente.
 A minha alma estava adormecida,adorava não estar ciente
Dos meus actos,dos meus objectivos e planos futuros
Andei a deriva numa  história com furos
Contos mal contados e as fadas já não existiam
Perguntavam por mim e o meu futuro temiam,
Revoltava-me inconstantemente mas no fundo permanecia
Nenhuma corda para me puxar,o tempo estava a escassear
Pensamentos involuntários,felicidade próxima mas eu fugia
As perguntas eram as mesmas,”Será que alguém me entendia?”
E o mais engraçado é que a história é retratada no passado
Mas eu vivo isto cada segundo enquanto só quero este conto encerrado. 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Cronómetro do passado

O mundo eufórico , abafados pela emoção dos festejos e contaminando o ar por uma ânsia do relógio marcar 00:00 .As pessoas desejavam passar aquele primeiro minuto da melhor forma possível , iludiam-se com um futuro certo e previsível e com a simpatia da multidão disfarçada como é normal ser ,dado o evento que presenciávamos em conjunto .
A uma certa altura,quando o espetáculo de luzes chamou a atenção da multidão,um silêncio interior encheu a cabeça de cada individuo observador,e nesse primeiro minuto,cada pensamento era um tesouro para avaliar as particularidades de cada ser humano ali presente.Esse primeiro pensamento,especulação,sentimento,desejo,recordação,creio incondicionalmente que define parte de cada ser, pois acredito que esses pensamentos foram os mais sinceros,o medo do futuro leva-nos a cuidar da nossa mais sincera preocupação.
Os meus olhos pareciam espelhos,vazios por fora, a procura de miragens dentro das cores dos foguetes.A cada bafo que puxava lembrava-me de histórias do passado.Para mim , esse minuto pareceram anos de memórias guardadas .Tentei visualizar um futuro , como toda a gente normal, mas a vista era desfocada, tentei sentir o presente mas senti-me abafada, então lembrei-me do passado , para  duma certa maneira, conseguir desejar mais do futuro .
Nesta imensidade de confusões que a que o futuro nos submite ,
Desejo então aos meus,boa sorte para entender o passado de forma a construir um melhor futuro.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A cada bafo ouvia o relógio a continuar o seu rumo para a eterna função que lhe foi atribuida.Cada segundo,cada minuto o sentia directamente nas minhas mãos,cada vez mais cansadas da rotina á qual às submetia irracionalmente.Sentiam a amargura da falta de vontade a qual me entreguei,que sugava cada pedaço de inspiração .
Ao menos, caí em mim,após várias tentativas cansativas,achei parte do meu ser,reencontrei a verdadeira função base das minhas mãos, da minha mente ,deixando-me levar pelos prazeres momentâneos que conduziam a minha mente a vaguear em universos paralelos ,a procura de respostas para as duvidas intemporais da realidade em que vivemos.
Atentamente olhando a volta do que nos rodeia,achamos a verdadeira resposta para a nossa maior duvida e receio.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A minha cabeça e coração juntaram-se e fizeram-me refém  dentro do meu próprio corpo.Pregam-me partidas constantes,alteram realidades e aumentam sentidos, e eu não desgosto.Aprende-se que não controlamos tudo, que aliás não controlamos mais do que meras acções não-instintivas do nosso corpo.
Controle..acção natural e incondicional do ser humano, tão poluitiva para a moral e interação social.É um ciclo vicioso com o objectivo de atingir uma perfeição utópica e prematura ,iludindo a nossa mente com o prémio da felicidade permanente.
Aumentando os nossos sentidos ,alargando horizontes e campos de visão tão lineados e polidos pela sociedade actual,conseguimos viver a única vida que temos e em qual só podemos tomar por certo o presente,este momento, este minuto,aproveitando ao máximo cada sensação que percorre o nosso corpo e a nossa mente.
Spot 130 - Cacém, Lisbon, Portugal.
December 3, 2011.
Photography & Edition Mafalda Oliveira copyright.